terça-feira, 10 de abril de 2012

Novas idéias. Novas artes.

Minha próxima saiu nem lembrava da onde.
Ao reler algumas coisas, lembrei de outras que vai me ajudar muuuito.



"Andava Ofélia posta em sossego                                        
Nos campos floridos da Dinamarca.
Vai ela a carregar seu fardo de flagelo
E nos sonhos apagados ela embarca
Como se nas águas do rio ela entrasse
E lá mesmo, moribunda, ficasse.

Bem é verdade, que por Hamlet era amada
E juntos eram como Vênus e Marte.
Mas o Destino, no amor não vê de bom nada
E neste dia quis deles fazer Arte,
Separando os dois que em tanto tinham
O amor que em choro convertiam.

Estando Ofélia  no rio Avon, um dia passou
Um de águas limpas coberto de flores,
Chegando perto dele, pisando em falso escorregou
Frias águas a puxavam, pelas plantas aprisionada, árvores.
Nada pôde fazer, os olhos já apagando
Da vida já não era, desencarnando.

O corpo boiando, mentiras se espalhando.
A verdade é que ela desiludida estava
Pois viu seu amor, muito a desprezando
Não viu outra coisa senão ouvir o que a Certeza cantava
Pegando um enorme peso, pôs nas costas nuas
Se jogou, afundou e não voltou para as coisas suas."